A tentativa do PT de liderar uma “superfederação” com os partidos de esquerda e centro-esquerda para as eleições de 2026 enfrenta forte resistência. Siglas como PSOL, PDT e PSB têm rechaçado a ideia de formar um bloco único com os petistas, apesar do apoio conjunto ao governo Lula e da oposição à extrema-direita.
A única legenda mais simpática à proposta é o PCdoB, que já integra uma federação com o PT. No entanto, o PSOL, por exemplo, quer seguir federado apenas com a Rede. A presidente da sigla, Paula Coradi, foi categórica: “Um caminho para uma federação sequer é cogitado internamente no partido.”
Já o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) avalia disputar uma vaga no Senado em 2026, mas sem qualquer aliança com os petistas nesse formato.
PSB e PDT também têm discutido entre si uma eventual união, mas lideranças internas avaliam que as chances são remotas. A aposta dessas legendas é manter a autonomia e, ainda assim, ultrapassar a cláusula de barreira eleitoral — que exige eleger 11 deputados federais em nove estados ou obter 2% dos votos válidos em âmbito nacional.
O plano do PT, ao que tudo indica, não encontrará adesão ampla. A federação que Lula esperava liderar pode, mais uma vez, ficar restrita a antigos aliados.
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*Com informações CNN