Segunda, 15 de Setembro de 2025

Reinaldo enfrenta resistência: MDB, Republicanos e PSDB se rebelam contra estratégia de três partidos

Plano de Azambuja e Riedel para unificar candidaturas sofre oposição; Puccinelli ameaça lançar chapa completa e PSDB teme perder cadeiras na disputa de 2026

25/07/2025 às 11h53
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A estratégia do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para concentrar candidaturas em apenas três partidos em Mato Grosso do Sul tem enfrentado forte resistência e pode estar por um fio. A articulação, que também conta com o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB), visa enxugar a disputa proporcional e economizar recursos, mas esbarra na disposição de siglas como MDB e Republicanos, que prometem lançar chapas completas para as eleições de 2026.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o plano de Azambuja já conta com duas legendas certas: o PL, que será o destino do próprio Reinaldo, e o PP, que abrigará Riedel. A terceira legenda ainda não foi definida, mas a expectativa do grupo é que a federação entre PSDB, MDB e Republicanos saia do papel, acomodando os demais nomes.

Contudo, o cenário político tem se mostrado mais complicado. Lideranças do MDB já sinalizaram que não pretendem abrir mão de protagonismo. O ex-governador André Puccinelli, inclusive, afirmou que a legenda pode lançar candidatos ao Governo do Estado e até ao Senado, caso seja deixada de fora da composição articulada por Azambuja e Riedel. Além de Puccinelli, o MDB conta com três deputados estaduais e nomes fortes como Jerson Domingos, ex-presidente da Assembleia Legislativa.

O Republicanos também demonstra autonomia. Com pré-candidaturas já colocadas, como a do deputado estadual Antônio Vaz e da vereadora Isa Marcondes, a sigla acredita ter musculatura suficiente para eleger parlamentares sem depender de alianças estratégicas.

Nem mesmo o PSDB parece estar totalmente alinhado com o plano. Vereadores tucanos, que não podem mudar de partido sem risco de perda de mandato, já comunicaram a Azambuja que pretendem disputar a eleição. Eles contam com apoio de deputados da legenda que avaliam ser arriscado limitar as candidaturas a apenas três chapas. Segundo eles, o modelo atual poderia colocar em risco a reeleição de nomes consolidados no Legislativo.

Diante da crescente pressão, aliados próximos de Azambuja reconhecem que, caso a federação não se concretize, a tentativa de enxugar o número de partidos poderá se transformar em um “problemão” para o grupo, dificultando o equilíbrio de forças e ameaçando a governabilidade futura.

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*Com informações Investiga MS

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