Em missão diplomática nos Estados Unidos, os senadores por Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD-MS) e Tereza Cristina (PP-MS), participam nesta segunda-feira (28) de uma série de encontros estratégicos com empresários e autoridades americanas na tentativa de reverter — ou ao menos adiar — o tarifaço imposto pelo ex-presidente Donald Trump. A nova taxação sobre as exportações brasileiras deve entrar em vigor já nesta sexta-feira, dia 1º de agosto.
Durante a manhã, os parlamentares se reúnem na Embaixada do Brasil em Washington (DC). À tarde, o grupo segue para a sede da U.S. Chamber of Commerce, onde acontece o principal encontro com lideranças empresariais e membros do Brazil-U.S. Business Council (Conselho de Negócios Brasil-EUA).
Além dos senadores sul-mato-grossenses, também integram a comitiva os senadores Esperidião Amin (PP-SC), Marcos Pontes (PL-SP), Fernando Farias (MDB-AL), Carlos Viana (Podemos-MG), Jacques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE). No fim de semana, eles participaram de reuniões preparatórias para alinhar estratégias e pontos sensíveis que serão levados às autoridades americanas.
O tarifaço de Trump, anunciado em julho, prevê sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros — a maior já aplicada entre os países com os quais os EUA mantêm negociações ativas. O argumento, embora com impacto direto na economia, tem forte viés político. Trump acusa o Judiciário brasileiro de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de processos no Supremo Tribunal Federal (STF). A Casa também desagrada acionistas americanos de grandes plataformas digitais, afetando diretamente interesses econômicos dos EUA.
Embora os EUA não sejam o maior parceiro comercial do Brasil, são destino chave para itens como aço, laranja e carnes. Em estados como Mato Grosso do Sul, o setor industrial e agroexportador acompanha com apreensão a possível perda de competitividade no mercado americano.
A missão da comitiva brasileira é considerada decisiva. Caso a sobretaxa seja mantida, setores produtivos em todo o país, especialmente os voltados à exportação, devem sentir os impactos já nas próximas semanas.
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*Com informações Midiamax