O ex-presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu com firmeza às críticas de aliados e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste domingo (27). Em nota contundente, o senador afirmou: “Convivo com este tom agressivo da extrema direita desde antes de ser presidente do Senado”. A declaração foi uma resposta às pressões do bolsonarismo pela anistia de investigados e condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Segundo Pacheco, os mesmos que atacam as instituições agora exigem impunidade. “Os mesmos que negam a democracia, hoje pretendem, repito, uma 'anistia ampla, geral e irrestrita', que haverá de ser resistida por cada um de nós, homens públicos responsáveis”, afirmou.
A reação não demorou. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), uma das vozes mais alinhadas ao bolsonarismo, usou as redes sociais para disparar contra Pacheco: “Rasgou a fantasia. Discurso aloprado”, publicou no X (antigo Twitter). Na mesma linha, o deputado Giovani Cherini (PL-RS) acusou o senador de bajular o presidente Lula. “É tanto teatro, tanta narrativa repetida, que fica difícil saber se estamos assistindo ao Jornal Nacional ou a um ensaio geral da campanha de 2026”, ironizou.
Mesmo diante das críticas, Pacheco reafirmou sua posição. Disse que sua fala foi “uma defesa da democracia” e reiterou o repúdio à tentativa de golpe. “Entendo que essa postura deveria ser obrigação de todos, esquerda, centro e direita”, concluiu.
O embate escancara a divisão entre o centro institucional e os setores mais radicais da direita, que pressionam por reinterpretações jurídicas e políticas sobre os atos de 8 de janeiro.
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*Com informações CNN