O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), rompeu o silêncio político e saiu em firme defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem classificou como vítima de “extrema injustiça”. A declaração vem em meio às articulações para que Azambuja assuma o comando do Partido Liberal no Estado.
“Se o presidente Jair Bolsonaro puder ser candidato, é ele o nosso candidato. Não tenha dúvida disso. Não tenho dificuldade de dizer isso com muita tranquilidade e acho que ele está sendo extremamente injustiçado”, afirmou Reinaldo. “Já sofri algumas injustiças também e acho que o presidente está sendo injustiçado.”
O ex-governador ainda comparou a situação judicial de Bolsonaro à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), relembrando que o petista teve condenações anuladas pelo STF, se candidatou e venceu. “O Bolsonaro tem uma denúncia e não está condenado.”
Em tom crítico, Reinaldo relembrou o apoio recebido por Bolsonaro nas eleições anteriores. “Em 2018, o PSL de Bolsonaro estava coligado comigo e em 2022, o PL estava com Eduardo Riedel. Não se pode apagar isso da história.”
Essa é a primeira manifestação pública direta de apoio ao ex-presidente, especialmente após as medidas do ministro Alexandre de Moraes contra Bolsonaro. Enquanto lideranças locais do PL usaram as redes sociais, Reinaldo adotou a cautela até agora — o que torna suas declarações ainda mais significativas no cenário político sul-mato-grossense.
Sobre seu futuro no PL, Reinaldo destacou que pretende somar forças. “Não quero entrar para tirar ninguém, quero somar e multiplicar. Podemos eleger três ou quatro federais e seis ou sete estaduais”, afirmou.
A fala de Reinaldo reposiciona o jogo político em Mato Grosso do Sul, marcando o início de uma nova fase na aliança entre bolsonaristas e tucanos no Estado.
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*Com informações FM Capital
