O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez, na manhã desta segunda-feira (28), um desabafo público ao chegar à sede do PL, em Brasília. Monitorado por tornozeleira eletrônica e sob diversas medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro reclamou que está sendo acusado por tudo, até mesmo por decisões do ex-presidente americano Donald Trump.
“Estão me acusando de tudo agora, até do tarifaço do Trump. Pede uma autorização do Supremo para eu falar com o Metrópoles que eu falo”, ironizou Bolsonaro, numa crítica direta às limitações impostas pela Justiça que, segundo ele, o impedem de se manifestar.
Réu em ação que investiga uma suposta tentativa de golpe contra o resultado das eleições de 2022, Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais, de sair de casa durante a noite e aos finais de semana, e de manter contato com outros investigados. As medidas, no entanto, são vinculadas a outro inquérito: o ex-presidente é investigado por suspeita de colaborar com a atuação política do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, com o objetivo de pressionar o governo norte-americano a aplicar sanções contra autoridades brasileiras.
Embora Alexandre de Moraes tenha afirmado que Bolsonaro pode dar entrevistas à imprensa, o veto ao uso dessas declarações em redes sociais, inclusive por terceiros, tem levado o ex-presidente a adotar cautela e evitar falas mais incisivas.
A crítica pública reflete o desconforto de Bolsonaro diante da perda de sua principal ferramenta de comunicação: as redes sociais. Enquanto o cerco judicial se intensifica, o ex-presidente tenta manter-se ativo politicamente dentro das limitações impostas pelo STF.
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*Com informações Metrópoles