Terça, 29 de Julho de 2025

Isolado no PL, Marcos Pollon cogita disputar Senado ou Governo por outro partido

Deputado mais votado de 2022 se reuniu com o Republicanos e avalia saída após perda de espaço com aliança de Bolsonaro e Reinaldo Azambuja

29/07/2025 às 08h34
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O deputado federal Marcos Pollon (PL) está avaliando novos rumos políticos para 2026 e não descarta disputar o Senado ou até o Governo de Mato Grosso do Sul por outra legenda. Em meio à perda de espaço no Partido Liberal, o parlamentar busca alternativas para viabilizar sua candidatura majoritária.

Nesta segunda-feira (29), Pollon se reuniu com o deputado estadual Antônio Vaz, presidente estadual do Republicanos, para discutir uma possível filiação e articulações para as próximas eleições. O encontro é parte de uma movimentação mais ampla: o próximo passo será conversar com lideranças nacionais do partido, incluindo o presidente Marcos Pereira.

Pollon chegou a presidir o PL em Mato Grosso do Sul antes das eleições de 2022, mas foi retirado do cargo após Jair Bolsonaro (PL) fechar uma aliança com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que antes era classificado como "de esquerda" pelo próprio deputado. A decisão de Bolsonaro rompeu os planos originais de Pollon, que preparava o PL como oposição ao PSDB local.

Agora, com Reinaldo prestes a se filiar e assumir o comando do PL no Estado, Pollon teme ser escanteado. Embora Reinaldo tenha prometido diálogo com lideranças como João Henrique Catan e o próprio Pollon, apenas Catan foi procurado até o momento.

Ciente das dificuldades, Pollon avalia convites de outros partidos. Recentemente, foi sondado pelo Novo e pelo MDB, em busca de alternativas que preservem sua independência política. Sua proximidade com Eduardo Bolsonaro, com quem esteve nos EUA, garante ainda prestígio dentro do PL, mas não elimina o impasse ideológico de ter que seguir um grupo que ele próprio combateu em 2022.

A situação vivida por Pollon é semelhante à de outros nomes do PL, como Rafael Tavares e o próprio João Henrique, que também se viram obrigados a “engolir” decisões unilaterais de Bolsonaro. No ano passado, a base do partido em Mato Grosso do Sul foi ignorada quando exigia candidaturas próprias em Campo Grande e outras cidades — sendo vetadas em nome da aliança com Reinaldo.

Agora, a dúvida é: Pollon seguirá no PL sob nova liderança ou tomará outro rumo para se manter competitivo nas urnas?

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*Com informações Investiga MS

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