A dupla tucana mais influente de Mato Grosso do Sul está prestes a romper oficialmente com o PSDB. O governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja planejam anunciar juntos a saída do partido, mas o “tarifaço” atribuído a Donald Trump esfriou os ânimos e pode atrasar os planos. A filiação ao novo bloco político estava prevista para agosto, mas o cenário turbulento trouxe incertezas.
Riedel deve migrar para o PP com pouco desgaste, já que se mantém distante da polêmica tarifária. Já Reinaldo Azambuja enfrenta maior resistência, principalmente da ala bolsonarista, que teme que a conta da crise comercial recaia sobre ele. Até então, Azambuja vinha evitando se posicionar sobre o assunto nas redes sociais — nem mesmo defendeu Jair Bolsonaro das recentes restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Só nesta semana, Reinaldo resolveu quebrar o silêncio, classificando as ações contra o ex-presidente como “extremamente injustas” e comparando a perseguição atual à que ele próprio teria sofrido no passado. A movimentação é vista como uma tentativa de reconquistar apoio entre os conservadores. Ele ainda afirmou que cerca de 30 prefeitos devem acompanhá-lo na filiação ao PL.
A articulação entre PP e PL visa formar uma coligação enxuta, com no máximo três partidos. No entanto, deputados aliados demonstram preocupação e já pedem que o grupo reavalie a estratégia, alertando que o plano pode ser insuficiente para garantir força eleitoral em 2026. O futuro do bloco político, portanto, ainda depende de costuras delicadas e da capacidade de evitar novos atritos com a base bolsonarista.
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*Com informaçoes Investiga MS