A rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece alta e sinaliza um cenário político preocupante para o Planalto. Segundo nova pesquisa do PoderData, divulgada entre os dias 26 e 28 de julho, 53% dos brasileiros desaprovam o governo federal — um número que se mantém estável, apesar do esforço de comunicação do governo e da retórica patriótica adotada diante da ofensiva tarifária do presidente norte-americano, Donald Trump.
Embora a aprovação tenha oscilado positivamente, passando de 39% para 42% desde maio, a melhora é modesta diante da profundidade da rejeição. A diferença entre os que aprovam e desaprovam Lula caiu de 17 para 11 pontos percentuais, mas o dado principal segue inalterado: a maioria da população desaprova o presidente.
Esse desgaste já dura mais de um ano e ameaça comprometer os planos de reeleição de Lula. Nem o embate com Trump, que o governo tentou transformar em símbolo de soberania nacional, foi suficiente para virar o jogo na opinião pública. O discurso de “defesa do Brasil” até ganhou tração nas redes sociais, mas não reverteu o sentimento de frustração popular diante da economia estagnada, inflação pressionando o consumo e promessas de campanha ainda não cumpridas.
Internamente, cresce a preocupação entre aliados. Há pressão por mudanças concretas na política econômica e pela contenção de gastos públicos, principalmente após o anúncio de que o governo pode lançar até seis novos programas sociais sem detalhar o impacto fiscal. A imagem de um governo que gasta muito e entrega pouco começa a se cristalizar.
Especialistas avaliam que a alta rejeição não é apenas fruto de desgaste natural, mas de uma desilusão mais profunda. “O brasileiro esperava que Lula voltasse ao Planalto com soluções rápidas, mas o que vê é um governo ainda preso a disputas ideológicas e sem um plano claro para o futuro”, afirma um analista político ouvido pela reportagem.
Enquanto a popularidade estanca e a rejeição persiste, o governo Lula caminha em terreno instável — pressionado por dentro, criticado por fora e com cada vez menos margem para erro.
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*Com informações Poder 360