Quinta, 31 de Julho de 2025

Após décadas de espera, urbanização chega ao Parque Lageado e transforma realidade de moradores

Com investimento de R$ 6,7 milhões, governo de MS leva asfalto e ponte de concreto a região antes isolada por lama, buracos e insegurança

30/07/2025 às 10h17
Por: Tatiana Lemes
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Fotos: Chico Ribeiro/Seilog
Fotos: Chico Ribeiro/Seilog

A aposentada Maria Madalena da Silva, de 71 anos, é testemunha viva da transformação no Parque do Lageado, região sul de Campo Grande. Moradora do bairro desde a década de 1970, ela relembra os tempos em que precisava atravessar o córrego Lageado sobre uma pinguela de madeira, com menos de um metro de largura, para trabalhar como empregada doméstica. “Cheguei a usar uma canoa quando o córrego enchia. Hoje, a gente pode pôr a mão pro céu”, resume com alívio.

O cenário que antes era marcado pelo barro, insegurança e isolamento começa a mudar com as obras de infraestrutura implementadas pelo Governo do Estado. A construção de uma ponte de concreto de 40 metros e a pavimentação de vias como a rua Tristão dos Santos marcam uma nova fase para os moradores. Ao todo, o investimento é de R$ 6,7 milhões, com entrega prevista ainda para este semestre.

A ponte liga duas importantes vias – Francisca Gonçalves Figueiredo e Gaudilei Brum – e vai conectar os bairros Parque Lageado e Jardim Manaíra, historicamente isolados. Para o secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, a obra representa mais do que mobilidade: “Estamos resgatando dignidade. É uma mudança na geografia social da região.”

Para quem vive ali, as mudanças já se refletem no cotidiano. A comerciante Andréia Medeiros, de 46 anos, conta que agora se sente mais segura. “Muita gente era assaltada ali na pinguela. Com a ponte, já tem comércio surgindo. Abri minha mercearia porque sei que as coisas vão melhorar.”

A esperança também move o engenheiro Fábio Silva, de 36 anos, que está investindo em uma bicicletaria. Morador há quase duas décadas, ele viu a vizinhança sofrer com o abandono. “Era barro, buraco e medo. Agora vem o asfalto, vem o fluxo. Isso aqui vai virar um novo corredor comercial”, projeta.

As obras contemplam ainda 7.991 m² de asfalto, quase 620 metros de drenagem, mais de 2.500 m² de calçadas com acessibilidade e sinalização. Para os moradores, a chegada do desenvolvimento é, finalmente, a resposta a anos de espera e resistência.

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