Quinta, 31 de Julho de 2025

Articulação de Eduardo Bolsonaro leva EUA a sancionar Alexandre de Moraes por violar direitos humanos

Deputado atuou nos bastidores em Washington e foi peça-chave para incluir Moraes na Lei Magnitsky por perseguição a Bolsonaro e censura no Brasil

30/07/2025 às 14h55
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A pressão silenciosa liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) finalmente gerou impacto no cenário internacional: o governo de Donald Trump, atendendo a denúncias articuladas pelo deputado brasileiro, oficializou nesta quarta-feira (30) a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida escancara ao mundo o que a oposição já vinha denunciando: um sistema de repressão judicial seletiva instaurado no Brasil, com foco em calar conservadores, prender opositores e perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Eduardo, que nos bastidores vinha tecendo acordos e apresentando relatórios diretamente ao governo americano desde o início do ano, aparece agora como o principal pivô da ação norte-americana. A medida não é simbólica: Moraes teve bens congelados, contas bancárias bloqueadas em território americano e está proibido de manter qualquer relação comercial com cidadãos e empresas dos EUA. Nem mesmo cartões com bandeira norte-americana o ministro poderá usar.

Mais do que uma sanção, o gesto representa uma condenação moral ao ativismo judicial exercido por Moraes, acusado pelo Departamento do Tesouro dos EUA de comandar uma campanha autoritária contra liberdades fundamentais.

“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados — inclusive contra Jair Bolsonaro”, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Nos Estados Unidos, o movimento liderado por Eduardo Bolsonaro mobilizou aliados de Trump e parlamentares conservadores, que passaram a acompanhar de perto os desdobramentos políticos no Brasil. Os dossiês apresentados por Eduardo foram decisivos para que os EUA deixassem de tratar as denúncias como narrativas internas e passassem a encarar Moraes como uma ameaça real aos valores democráticos.

Não por acaso, no último dia 18 de julho, o governo americano já havia dado um primeiro sinal ao anunciar a revogação de vistos de ministros do STF e seus familiares, mencionando nominalmente Moraes. A articulação avançou com apoio explícito de nomes influentes no Partido Republicano e do próprio ex-presidente Trump, que classificou os processos contra Bolsonaro como “uma caça às bruxas conduzida por um sistema judicial aparelhado”.

A reação do governo Lula foi previsível: acusações de ingerência e discursos sobre “soberania nacional”. No entanto, o que se vê é uma mudança no eixo da pressão diplomática, em que o autoritarismo judicial brasileiro deixa de ser um debate interno para se tornar uma preocupação internacional real, reconhecida oficialmente por uma potência global.

Eduardo Bolsonaro, antes tachado por críticos como alarmista, agora emerge como peça central na estratégia de internacionalizar as denúncias contra o STF. Para a base conservadora, o gesto norte-americano é simbólico e histórico. Para Moraes, é um duro golpe em sua imagem internacional — e um aviso claro de que a toga não está acima dos direitos humanos.

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*Com informações Metrópoles

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