O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) lançou um desafio direto ao governador Eduardo Riedel (PSDB) ao anunciar sua intenção de disputar o Governo de Mato Grosso do Sul nas próximas eleições. Mesmo reconhecendo que o atual chefe do Executivo tem "aprovação muito grande" e chances de reeleição consideradas “tranquilas”, o parlamentar diz estar pronto para entrar no embate. “Hoje eu me sinto preparado. E acho que seria muito divertido a minha presença no debate. Enriqueceria”, declarou.
Pollon afirma que não entrou na política “para se divertir ou ganhar dinheiro”, mas sim para “impedir que o Brasil se torne uma ditadura”. Por isso, não descarta sair do PL caso não encontre apoio interno para o projeto. “Se não conseguir viabilizar [a candidatura ao governo], vou tentar o Senado. E, se não der certo, só então penso em reeleição. Ainda nem é plano C”, afirmou.
A declaração agita os bastidores do partido, já que duas cadeiras do Senado estarão em disputa no próximo pleito. Pollon disse já ter recebido convites de seis partidos, inclusive do Republicanos — legenda aliada de Riedel. Segundo ele, só aceita migrar para uma sigla que garanta duas condições: apoio à sua linha ideológica e estrutura de campanha “para ganhar”.
Apesar do discurso desafiador, Pollon reconhece o favoritismo do atual governador. “Sei o tamanho que o governador tá... mas vontade a gente tem direito de ter, né?”, ironizou.
O deputado também lançou farpas ao Senado, alegando que, mesmo sem mandato na Casa, já teve mais protagonismo ali do que muitos senadores. Ele ainda afirmou que seu voto é “exclusivamente ideológico” e prometeu só apoiar candidatos ao Senado que defendam o impeachment de ministros do STF: “Segredo a gente conta pra esposa”, provocou.
Sobre uma possível candidatura da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira — esposa do deputado Rodolfo Nogueira — ao Senado, Pollon preferiu se esquivar: “O assunto já foi tratado internamente”.
Com discurso inflamado, disposição para confrontos e acenos à base bolsonarista, Pollon sinaliza que, mesmo sem estrutura partidária clara, está pronto para causar incômodo nas fileiras tucanas e agitar o cenário político de 2026.
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*Com informações Midiamax