Em mais um movimento polêmico e estratégico, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma Ordem Executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre a importação de diversos produtos brasileiros. No entanto, 694 itens ficaram de fora da medida – justamente os que atendem diretamente aos interesses econômicos e industriais dos norte-americanos.
Foram poupados do tarifaço produtos como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes, celulose, madeira, metais preciosos, aeronaves civis, motores e componentes aeronáuticos. Em outras palavras: itens essenciais à indústria e energia dos EUA escaparam ilesos.
Por outro lado, produtos fundamentais à balança comercial brasileira seguem no centro do ataque tarifário. Café, carnes, frutas, cacau, açúcar, têxteis, calçados, aço, automóveis, fármacos, pescados e até armas foram incluídos na lista negra de Trump.
A decisão foi publicada no site oficial da Casa Branca, acompanhada de um anexo com a relação completa dos produtos isentos da sobretaxa. Nos bastidores, a leitura é de que o gesto reforça a postura protecionista de Trump às vésperas da eleição presidencial, usando o Brasil como instrumento de barganha política e econômica.
Setores produtivos brasileiros já avaliam os impactos. A agroindústria, em especial, deve ser a mais prejudicada com as novas tarifas, o que pode desencadear novos desdobramentos diplomáticos e comerciais entre os dois países.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.