Domingo, 03 de Agosto de 2025

Pollon se rebela contra PL e explode em protesto: “Enterro minha carreira, mas não aceito essa traição”

Deputado dispara contra entrega do partido a Reinaldo Azambuja e denuncia articulação como “canalhice política”; insatisfação pública marca racha definitivo na legenda

03/08/2025 às 16h56
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O que era para ser apenas mais um ato bolsonarista por liberdade e anistia, se transformou em palco de revolta política em Campo Grande neste domingo (3). O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) protagonizou um dos momentos mais explosivos da manifestação ao romper o silêncio sobre os bastidores do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul.

Diante de apoiadores, Pollon reagiu com fúria à decisão do partido de entregar o comando da legenda ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e fez um discurso de rompimento. Em tom desafiador, chamou os articuladores da aliança de “canalhas” e afirmou que está disposto a sacrificar sua carreira política diante do que classificou como traição. “Enterro minha carreira, mas não compactuo com isso”, disparou, seguido de um sonoro “quero é que se f...”.

A declaração viralizou após ser publicada por Guto Scarpanti, presidente do Partido Novo no Estado, que aproveitou o racha no PL para convidar o deputado a disputar o Governo de MS por uma nova sigla.

A reação de Pollon escancara a tensão interna no PL desde que Jair Bolsonaro avalizou a aliança com o PSDB no Estado. A decisão não apenas descartou a pré-candidatura de Pollon à prefeitura da Capital, como também resultou na sua destituição da presidência estadual da legenda — um golpe duro contra um dos quadros mais ideológicos do partido em Mato Grosso do Sul.

Apesar da proximidade com Eduardo Bolsonaro, Pollon vem sendo preterido pelo próprio grupo que ajudou a fortalecer. Sua fala pública neste domingo marca um divisor de águas: um rompimento não apenas com a direção estadual, mas com o rumo que o PL vem tomando sob influência de acordos considerados “inaceitáveis” pela ala mais fiel ao bolsonarismo original.

A manifestação, que também protestava contra Alexandre de Moraes e o presidente Lula, incorporou Azambuja à lista de desafetos — o que reforça o desgaste da sua chegada à legenda. A base conservadora, que já se sente traída, agora ameaça retaliar com boicotes, saídas e novas articulações.

A crise no PL-MS ganhou corpo — e voz. E com a explosão de Pollon, deixou de ser uma disputa interna para se tornar um conflito aberto diante da opinião pública.

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*Com informações Investiga MS

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