Em meio à crise fiscal que afeta Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (PSDB) anunciou um corte de 25% nas despesas de custeio do governo estadual, impactando todas as secretarias. A medida busca conter a queda na arrecadação, causada pela redução da produção industrial, incertezas da reforma tributária e pela diminuição da importação de gás natural da Bolívia, principal fonte de receita via ICMS.
Riedel garantiu que os repasses para municípios e investimentos em infraestrutura e políticas públicas estratégicas serão mantidos. O decreto de contingenciamento ainda será publicado, mas a expectativa é de economia entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões até o fim do ano.
O vice-governador Barbosinha destacou que não haverá demissões nem corte de pessoal. Entre as despesas a serem reduzidas estão combustíveis, energia, viagens e contratos administrativos. Áreas essenciais como saúde, educação e segurança também passarão por ajustes, como revisão de contratos e adiamento de projetos.
Desde o início do ano, o governo já vinha adotando medidas para conter gastos, que se intensificaram recentemente. O objetivo é ainda equilibrar as contas e reduzir os gastos com pessoal, que ultrapassaram o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para 2026, a expectativa é de continuidade no aperto nas despesas, conforme previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, devido ao cenário econômico incerto e à possível adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados.
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*Com informações Correio do Estado