A senadora Tereza Cristina (PP-MS) expressou seu pesar diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tarde de segunda-feira (4). A medida, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, ocorreu após Bolsonaro desrespeitar medidas cautelares, ao usar perfis de terceiros para se manifestar nas redes sociais.
Para a parlamentar, ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, essas ações configuram um aumento das arbitrariedades que só agravam o clima de tensão política e econômica que o país enfrenta atualmente. “Lamento essa escalada de injustiças contra a liberdade do presidente Bolsonaro, maior líder da direita brasileira. Ofereço minha solidariedade a ele e à esposa Michelle, um casal unido pela fé que tem sofrido constantes ataques”, afirmou Tereza Cristina.
Entre as restrições impostas ao ex-presidente estão a proibição de visitas, exceto de familiares próximos e advogados, além do recolhimento de todos os aparelhos celulares em sua residência. A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do político.
Desde 18 de julho, Bolsonaro já cumpria medidas cautelares que incluíam o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher à noite e aos fins de semana, e a proibição de utilizar suas próprias redes sociais.
Em meio ao novo episódio, o Partido Liberal (PL) deve realizar uma reunião na terça-feira (4) para definir as próximas estratégias diante da prisão domiciliar do líder. A mobilização dos bolsonaristas não parou: na noite de segunda-feira, apoiadores fizeram vigília em frente à residência do ex-presidente.
No domingo (3), manifestações em defesa de Bolsonaro ocorreram em diversas cidades do país, incluindo Mato Grosso do Sul. Os protestos pediam anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, além do impeachment do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes. Em Dourados, Bolsonaro participou do ato via videochamada realizada pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS).
O filho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também publicou nas redes sociais um vídeo do pai agradecendo o apoio dos manifestantes.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes destacou que “a Justiça é cega, mas não é tola”, ressaltando que Bolsonaro infringiu as medidas cautelares ao veicular mensagens em perfis de seus filhos e de apoiadores, incentivando ataques ao STF e defendendo intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.
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*Com informações Midiamax