O governo brasileiro prepara uma resposta firme à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O anúncio oficial da posição do Brasil será feito em 18 de agosto, segundo afirmou nesta terça-feira (5) o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante a abertura da 5ª reunião do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável), o chamado Conselhão.
As sobretaxas norte-americanas começaram a valer nesta quarta-feira (6) e foram anunciadas por Trump como parte de um pacote de “tarifas recíprocas” contra dezenas de países. No caso brasileiro, o decreto foi assinado em 30 de julho e publicado no dia seguinte, com alíquotas que variam de 10% a 41% para outras nações, mas atingem 50% para produtos do Brasil.
Durante o discurso, Mauro Vieira destacou o papel do governo na busca pela redução dos itens taxados e defendeu negociações pragmáticas como o melhor caminho. “Negociações pragmáticas são a solução mais promissora para o empresariado, para os trabalhadores e para os consumidores do Brasil”, afirmou o chanceler, que se reuniu no final de julho com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
O anúncio foi feito durante a reunião do Conselhão, órgão recriado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023 e composto por representantes da sociedade civil de diversos segmentos – empresários, artistas, influenciadores digitais, médicos, sindicalistas, indígenas, professores e economistas. O colegiado, que foi extinto em 2019 por Jair Bolsonaro, funciona como um canal direto entre o Executivo e a sociedade civil, estratégia frequentemente usada em governos petistas para ampliar a base de apoio.
A expectativa do Itamaraty é de que o posicionamento brasileiro reforce a soberania nacional e proteja a economia do país frente ao ataque tarifário promovido por Trump, que já tem causado reações no mercado exportador.
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*Com informações Poder 360