Quarta, 06 de Agosto de 2025

Viaduto da Coca-Cola volta ao centro das promessas em Campo Grande, mas continua só no papel

Riedel cita obra como prioridade para a Capital, mas evita anunciar data; projeto é aguardado há mais de uma década pela população

06/08/2025 às 12h16
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Durante o lançamento do pacote de obras em comemoração aos 126 anos de Campo Grande, o governador Eduardo Riedel voltou a mencionar a construção do aguardado viaduto na rotatória da Coca-Cola como um dos principais investimentos do Governo do Estado na Capital. A promessa, no entanto, permanece sem data definida para sair do papel.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (4), em evento no Parktek, com a presença do vice-governador Barbosinha, da prefeita Adriane Lopes, da vice-prefeita Camila Nascimento, além de senadores, deputados e vereadores. Riedel destacou que a obra contará com apoio do Governo Federal e será executada com recursos da bancada federal, mas não apresentou prazos para a licitação nem para o início da construção.

“E sempre cito o viaduto da Coca-Cola, porque é algo que mexe com as pessoas, é uma demanda muito grande do município e esse é um recurso da bancada federal que o Estado vai licitar e executar”, disse o governador.

A promessa não é nova. A obra é uma reivindicação antiga da população de Campo Grande, especialmente dos motoristas que enfrentam congestionamentos constantes no cruzamento das avenidas Gury Marques e Interlagos, na saída para São Paulo. Em fevereiro deste ano, vereadores da Capital se reuniram com a bancada federal, que liberou R$ 110 milhões em emendas para viadutos — incluindo o da rotatória da Coca-Cola. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal, vereador Papy, sugeriu a criação de uma comissão para fiscalizar a aplicação dos recursos.

O projeto, porém, se arrasta há mais de uma década. Em 2015, a prefeitura da Capital, sob a gestão de Alcides Bernal, chegou a autorizar a FCK Engenharia e Consultoria Ltda. a realizar os estudos técnicos e econômicos para a construção do viaduto, com orçamento de R$ 135 mil. A obra fazia parte do PAC 2 Mobilidade Urbana, mas os recursos ficaram travados na Caixa Econômica Federal por falta de projeto técnico adequado.

Passados dez anos, o viaduto permanece como promessa e símbolo da lentidão no atendimento de demandas urbanas urgentes. Enquanto isso, motoristas e moradores seguem esperando que o discurso, finalmente, se transforme em concreto.

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*Com informações Correio do Estado

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