O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu romper com o governo de Eduardo Riedel (PSDB) em Mato Grosso do Sul e entregará todos os seus cargos na administração estadual. A saída da base será formalizada na próxima segunda-feira (11), durante reunião do diretório estadual, quando o partido vai devolver 25 cargos ocupados na Agraer, na área da Cultura e em subsecretarias.
A decisão ocorre após uma escalada de insatisfação com posicionamentos recentes de Riedel, que, segundo o presidente estadual do PT, deputado federal Vander Loubet, têm se alinhado ao que ele chama de “extremismo de direita”.
“Foi um acordo feito com base na ideia de uma centro-direita sensata e democrática, mas as declarações recentes de apoio a Bolsonaro, ataques ao STF e menções a Trump tornaram esse convívio insustentável”, disse Loubet.
O parlamentar frisou que o PT teve papel importante no governo, fortalecendo a agricultura familiar e contribuindo com políticas públicas no Estado. Ele também lembrou que, mesmo em Campo Grande, uma gestão de direita, os investimentos federais do governo Lula representam 95% do total na cidade.
“Entramos pela porta da frente e sairemos da mesma forma. Não seguiremos ao lado de quem sabota o país e abastece a violência de governos estrangeiros”, concluiu.
Na sessão desta quarta-feira na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Pedro Kemp anunciou a reunião que irá oficializar a saída do partido da base de Riedel. O rompimento marca um novo momento de tensão entre o governo estadual e a esquerda no Mato Grosso do Sul.
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