O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) voltou a causar polêmica com declarações inflamadas contra membros do próprio partido. Após o discurso explosivo feito no fim de semana, o parlamentar usou as redes sociais para esclarecer que suas críticas não foram direcionadas a Jair Bolsonaro nem ao presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, mas sim a “ratazanas” escondidas dentro do PL de Mato Grosso do Sul.
“Quero que mostrem onde xinguei Valdemar ou Bolsonaro! Xinguei, isso sim, as ratazanas que estão escondidas no partido e que o povo sul-mato-grossense já identificou. São os mesmos que pagam para me difamar e que vendem a esperança do nosso povo”, escreveu Pollon.
A reação do deputado ocorre após sua dura oposição à filiação e entrega do comando do PL estadual ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) — movimento que ele classifica como uma traição política. Durante o evento, Pollon subiu o tom, atacou a cúpula regional do partido e chegou a dizer que “quem engoliu o PSDB, engoliu o PL”.
“Canalhas, canalhas, e eu falo é na cara. Eu quero que se foda. Pollon, você acabou de enterrar sua carreira política. Foda-se, eu não vou entregar meu país”, disparou, em um dos trechos mais agressivos do discurso.
Apesar da ameaça de expulsão do partido, Pollon ironizou:
“Essa estaiada morre de medo de mim e do meu potencial político, porque sabem que malandro não tem vez comigo”.
Não é a primeira vez que o parlamentar se insurge contra a aliança entre PL e PSDB. No ano passado, ao perder a presidência do partido no Estado e ver sua pré-candidatura à Prefeitura de Campo Grande ser ignorada por Bolsonaro, Pollon denunciou publicamente a entrega do partido ao ex-adversário tucano e prometeu não recuar diante do que considera uma "entrega do futuro político do Estado".
A crise interna no PL-MS expõe o racha entre conservadores raiz e a ala mais pragmática da sigla, que busca alianças para ampliar espaço eleitoral — ainda que com antigos adversários ideológicos.
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*Com informações Investiga MS