Os deputados petistas de Mato Grosso do Sul anunciaram que deixarão a base de sustentação do governador Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa. A decisão, que será oficializada em coletiva nesta sexta-feira (8), ocorre após Riedel se posicionar contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relacionadas à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ruptura encerra uma aliança formada no segundo turno das eleições de 2022, quando o PT optou por apoiar Riedel para evitar a vitória de Capitão Contar (PRTB). Segundo a deputada Gleice Jane, o partido nunca assumiu compromisso de não fazer oposição, mesmo ocupando cargos na gestão estadual. “O tamanho do PT dentro do governo é muito pequeno. Acho que o PT não perde tanto nesse processo”, disse.
O presidente estadual da legenda, deputado federal Vander Loubet, ressaltou que a participação do PT no governo foi importante para viabilizar investimentos federais, como 3.600 moradias do Minha Casa Minha Vida, recursos do Novo PAC e financiamento do BNDES para obras viárias. Ele afirmou, porém, que a saída não prejudicará a articulação de recursos para o Estado.
Os parlamentares Pedro Kemp, Gleice Jane e Zeca do PT prometem uma oposição “programática”, sem postura “raivosa”, apoiando projetos de interesse público e fiscalizando ações do Executivo. A nova configuração também deve aproximar o PT de oposicionistas históricos, como João Henrique Catan (PL), em pautas críticas à gestão tucana.
“Será uma oposição com base em debate sério e na defesa dos mais vulneráveis, característica do PT”, afirmou Kemp. Vander Loubet reforçou que, na bancada federal, ele e a deputada Camila Jara manterão o diálogo com o governo para atender demandas da população sul-mato-grossense.
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*Com informações Midiamax