Rivais tradicionais em todo o Brasil, PT e PL surpreendem ao se aproximar na pré-campanha eleitoral de Mato Grosso do Sul para 2026. Apesar das tensões históricas, lideranças dos dois partidos sinalizam que deixarão as diferenças de lado para enfrentar juntos o governador Eduardo Riedel (PSDB), que busca a reeleição.
No PL, a filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem causado desconforto entre membros da sigla, que ainda o consideram adversário. O deputado federal Marcos Pollon (PL) foi enfático ao criticar o acordo, chegando a chamar os responsáveis pelo alinhamento político de “canalhas”, sem citar nomes. Ele também anunciou a intenção de disputar o governo, reforçando o clima de disputa interna no partido.
Enquanto isso, o PT prepara sua saída da base de sustentação do governo Riedel na Assembleia Legislativa já nesta sexta-feira, sinalizando que apresentará candidatura própria para o cargo. O nome mais cotado para a disputa é o do deputado estadual Fábio Trad.
Apesar da rivalidade histórica entre PT e PL, as duas siglas apostam no fortalecimento mútuo para levar a eleição ao segundo turno, cenário que ambos consideram mais favorável para superar o atual governador, que hoje lidera as pesquisas.
O clima tenso, porém, também tem seus momentos inusitados. No primeiro semestre, os deputados Zeca do PT e João Henrique Catan (PL) protagonizaram um embate acalorado, mas durante sessão recente trocaram elogios e risadas, indicando uma nova fase de diálogo político, que deve marcar a postura da oposição contra Riedel nos próximos meses.
A união tensa entre PT e PL mostra que, mesmo entre adversários históricos, o jogo político em Mato Grosso do Sul está em transformação, com estratégias que vão muito além da disputa tradicional, buscando fortalecer candidaturas e ampliar chances para a eleição estadual do ano que vem.
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*Investigação MS