A deputada federal Camila Jara (PT-MS) confirmou ter dado um soco no deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a confusão na Mesa Diretora da Câmara Federal na noite de quarta-feira (6). Em vídeo divulgado nas redes sociais, a parlamentar aparece sorrindo e comentando o momento da agressão, dizendo: “Vai ver meu braço aqui. Pior que eu dei e ‘tava’ com o braço doído”.
Nikolas Ferreira, por sua vez, afirmou em entrevista que Camila o agrediu sem motivo, desferindo um soco nas suas partes íntimas, o que o fez cair no chão. “Se eu tivesse feito isso, já estariam pedindo a minha prisão”, declarou. O deputado também criticou a justificativa da petista, que alegou ser pequena e leve, minimizando a agressão.
Camila negou que tenha empurrado Nikolas com força suficiente para derrubá-lo, citando uma lesão no ombro que a impediria de fazer um empurrão tão violento. Ela afirmou que a confusão foi resultado do clima tenso e da tentativa dos deputados do PL de cercar e restringir a circulação dos demais parlamentares na Mesa Diretora.
“A gente foi impedido de circular, tive que passar por baixo de dois deputados do PL para conseguir entrar”, relatou Camila, reforçando o ambiente hostil e acusando seus adversários de usar as redes sociais para distorcer os fatos e criar narrativas de ódio contra ela.
A deputada também revelou que tentava apaziguar a situação minutos antes da confusão, conversando com o deputado sul-mato-grossense Marcos Pollon (PL-MS), pedindo que ele se levantasse para evitar incidentes graves e a entrada de seguranças.
Após a agressão, Camila relatou ter negado a acusação de soco diante do presidente da Mesa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), dizendo que Nikolas estava “fazendo drama”. “Ele me acusou de dar um soco. Eu falei ‘para dar um soco precisa ser com a mão fechada; levanta e para de fazer drama’”, disse.
O episódio ainda pode gerar desdobramentos na Câmara, com pedidos de investigação e risco de suspensão dos mandatos dos envolvidos. Enquanto Camila enfrenta acusação de agressão por parte do PL, o clima político permanece tenso, e as investigações prometem movimentar o Legislativo nos próximos dias.
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