A Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados recebeu nesta segunda-feira (11) as representações de afastamento contra 14 deputados ligados à ala bolsonarista, que protagonizaram um motim na última semana, obstruindo os trabalhos legislativos e se recusando a deixar a Mesa Diretora durante a retomada das sessões.
A decisão sobre os pedidos, que preveem suspensão de até seis meses, está nas mãos do corregedor Diego Coronel (PSD-BA), que terá apenas 48 horas para emitir parecer. A medida foi adotada pela Mesa Diretora, liderada pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), como resposta direta ao protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo STF.
Os parlamentares visavam a votação imediata do projeto de anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro, a PEC do fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas a tentativa de paralisação foi frustrada pela decisão firme da presidência da Casa, que se recusou a ceder a chantagens.
Agora, o processo seguirá para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, onde cada caso será avaliado para definição de punições que podem incluir suspensão ou até cassação. O plenário terá a palavra final caso haja recurso. Se a Corregedoria considerar que não houve irregularidade, as representações serão arquivadas, encerrando o caso.
Este episódio marca um momento de tensão e firmeza na Câmara, ressaltando que a obstrução da democracia e o desrespeito às regras internas terão consequências rigorosas.
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*Com informações Metrópoles