Os diretórios estaduais do MDB e Republicanos em Mato Grosso do Sul aguardam para setembro a retomada das negociações sobre uma possível federação partidária, após a suspensão temporária das tratativas em razão das comemorações dos 20 anos do Republicanos, marcadas para 20 de agosto.
A aliança interessa diretamente ao grupo governista, que trabalha para abrigar lideranças que não se encaixam no PP — futuro partido do governador Eduardo Riedel — nem no PL, onde o ex-governador Reinaldo Azambuja será filiado. A federação poderia ampliar a bancada das legendas na Assembleia Legislativa, hoje formada por três deputados do MDB e um do Republicanos.
Mesmo sem federação, os dois partidos pretendem montar chapas próprias. No Republicanos, os nomes mais fortes são o deputado Antônio Vaz, presidente estadual da sigla, e a vereadora mais votada de Dourados, Isa Marcondes. O MDB aposta no ex-governador André Puccinelli e nos deputados Renato Câmara e Junior Mochi, mas enfrenta a possível saída de Márcio Fernandes, que aguarda a janela partidária para trocar de legenda.
A candidatura de Puccinelli divide opiniões dentro do MDB. Enquanto o ex-governador acredita que pode puxar votos suficientes para eleger quatro deputados, uma ala avalia que sua votação não será tão expressiva, podendo tirar a vaga de um parlamentar já em exercício. Parte do partido defende que Puccinelli dispute para deputado federal, mas ele recusa a ideia por não querer morar em Brasília.
Apesar da torcida de MDB e Republicanos pela federação, adversários políticos apostam que o acordo não sairá do papel, apontando a proximidade de lideranças do MDB com o governo Lula como obstáculo. Nesse cenário, a expectativa é de que o Republicanos se alinhe ao PP e ao União Brasil.
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*Com informações Investiga MS
