
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou na última sexta-feira (8) a inclusão da prostatectomia radical robótica no tratamento do câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde. A decisão representa um importante avanço na oferta de técnicas cirúrgicas modernas e de alta precisão na rede pública.
A prostatectomia radical consiste na retirada completa da próstata, sendo fundamental para o combate a tumores localmente avançados. O parecer técnico da Conitec considerou evidências científicas que comprovam a segurança, eficácia e custo-efetividade do procedimento robótico. Apesar do alto custo dos equipamentos, o investimento é justificado pela melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes, que apresentam menor tempo de recuperação, menos complicações e demandam menos cuidados médicos após a cirurgia.
“O uso da cirurgia robótica vai elevar o padrão dos procedimentos realizados nos hospitais públicos, além de atrair profissionais qualificados e otimizar a infraestrutura hospitalar, reduzindo custos indiretos para o sistema”, destaca o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
Após consulta pública inicial com parecer desfavorável, novos estudos clínicos sobre os ganhos econômicos e clínicos foram incorporados ao processo, convencendo a Conitec a aprovar a tecnologia. Estudos internacionais apontam que a técnica robótica reduz complicações, transfusões e tempo de internação, sendo especialmente eficaz em centros que concentram grande volume de pacientes, onde há maior experiência e aproveitamento das plataformas.
Para equilibrar os custos, a Conitec recomendou que a cirurgia seja realizada em hospitais de referência com alta demanda, garantindo melhores resultados e maior eficiência no uso dos recursos públicos. Assim, o SUS avança para oferecer tratamento de ponta e mais humanizado a pacientes com câncer de próstata.
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*Com informações Metrópoles