A tensão na Câmara dos Deputados subiu de tom. Parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, prometem obstruir todas as votações no plenário e não descartam repetir a ocupação da mesa diretora — como ocorreu na semana passada — se o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não pautar a PEC que extingue o foro privilegiado ainda neste mês.
A proposta deveria ter sido votada nesta semana, mas foi adiada após pressão de partidos do Centrão e da esquerda, que pediram mais tempo para analisar o texto. O movimento irritou a oposição, que vê no adiamento um risco para o acordo que previa a apreciação da PEC antes de uma possível votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.
“Não descartamos nenhuma medida”, disse, sob reserva, uma das principais lideranças bolsonaristas, admitindo até a possibilidade de nova invasão, mesmo com o risco de punições para os parlamentares que participaram do ato anterior.
Nos bastidores, lideranças do Centrão reconhecem que a votação da PEC será difícil, principalmente porque envolve disputas internas e o temor de que investigações hoje no STF passem para juízes de primeira instância, o que pode aumentar riscos para parlamentares investigados.
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*Com informações Metrópoles