O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, desembarca novamente em Campo Grande nesta segunda-feira (18) numa tentativa derradeira de conter a crise interna do partido. O encontro com o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja promete ser mais um gesto simbólico do que uma negociação real, já que ambos já definiram suas novas casas partidárias.
Riedel deve se filiar ao PP, ao lado da senadora Tereza Cristina, enquanto Reinaldo segue o caminho do PL, reforçando o palanque de Jair Bolsonaro no Estado. A debandada, vista como inevitável até pela cúpula tucana, deve arrastar prefeitos e lideranças, colocando em xeque o futuro do PSDB em Mato Grosso do Sul — justamente onde o partido ainda ostentava seu último governador no país.
Apesar do cenário adverso, Perillo busca manter alguma sobrevida para a legenda, apostando na fidelidade de vereadores, que não poderão mudar de sigla, e na indecisão dos deputados federais Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende. Caso a federação entre Republicanos e MDB não avance, o trio poderá permanecer no ninho tucano como um “plano B”.
O retorno de Perillo ocorre seis meses após sua última visita, quando o partido ainda discutia uma federação que nunca saiu do papel. Agora, sem o Podemos, sem Republicanos e sem suas principais lideranças regionais, o PSDB enfrenta uma das maiores baixas da sua história em Mato Grosso do Sul, reduzido à tarefa de tentar evitar a extinção política no Estado.
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*Com informações Investiga MS