O ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula, Zé Dirceu (PT), afirmou em entrevista ao podcast Política de Primeira que a extrema direita no Brasil e no mundo introduziu o ódio e a violência na política, e destacou que o atual problema do país se encontra nos Estados Unidos, com a ofensiva de Donald Trump em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Dirceu, “não fomos nós que introduzimos o ódio e a violência; isso veio da extrema direita. O que aconteceu no 8 de janeiro, com o plano Punhal Verde-Amarelo, os acampamentos e a negação das urnas eletrônicas, é reflexo dessa escalada”. Ele afirmou ainda que a preocupação do governo deve ser a proteção da soberania nacional, diante do chamado “tarifaço” imposto pelos EUA e da tentativa de interferência de Trump nos processos brasileiros.
O petista criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo americano para evitar a condenação do pai e ressaltou que o Itamaraty não conseguiu dialogar diretamente com a Casa Branca, mostrando a dificuldade de interlocução com Trump. Dirceu alertou que, caso medidas mais agressivas sejam adotadas, não haverá retorno.
Além disso, Dirceu condenou a ocupação da Mesa Diretora da Câmara pelos deputados de oposição, classificando o ato como inaceitável e violador da lei, e pediu que o Legislativo aplique punições rigorosas. Para ele, tais atitudes aumentam a rejeição da população à Câmara e ao Senado e refletem a necessidade de respeitar a Constituição e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Se você quer mudar a lei, muda pelo voto, não com violência ou invasão. É preciso respeitar o Estado de Direito e o processo democrático”, concluiu o ex-ministro, reafirmando que o combate à extrema direita deve vir acompanhado de firmeza institucional e defesa da soberania do país.
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*Com informações Primeira Página