O mercado chinês de soja, bilionário e estratégico, entrou em uma guerra comercial velada entre Brasil e Estados Unidos. Dominando hoje 71% das exportações para a China, o Brasil enfrenta agora a ofensiva de Donald Trump, que pressiona Pequim a aumentar rapidamente as compras de produtores americanos, em meio a negociações comerciais com Xi Jinping.
A China consome 85% da soja que importa do exterior, e o Brasil lidera o fornecimento com 74,6 milhões de toneladas em 2024, contra 22,1 milhões dos EUA. Com a imposição de tarifas bilionárias sobre produtos brasileiros, Trump busca reduzir a participação do rival estratégico, tentando interferir diretamente na cadeia de suprimentos e na liderança brasileira.
Especialistas alertam: a manobra americana é mais política do que econômica, um ataque velado à hegemonia brasileira no maior mercado de soja do mundo. Para o governo brasileiro, trata-se de quase um estado de guerra comercial, enquanto Pequim reafirma seu compromisso estratégico com Brasília.
O Brasil conquistou o mercado chinês após as tarifas americanas durante o primeiro mandato de Trump, e em 2018 chegou a controlar 75% das importações chinesas de soja. Hoje, a liderança brasileira segue firme, mas a pressão dos EUA deixa claro que a disputa pelo grão mais cobiçado do planeta está longe de terminar.
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*Com informações Gazeta do Povo
