O Congresso instalou nesta quarta-feira (13) a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) destinada a investigar fraudes e irregularidades no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Em derrota para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a oposição conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da comissão, derrotando Omar Aziz (PSD-MA), aliado do Executivo. O placar foi de 17 a 14, com apoio de Eduardo Girão (Novo-CE) ao nome de Viana.
A oposição também venceu na escolha da relatoria: Ricardo Ayres (Republicanos-TO), inicialmente indicado por Hugo Motta (Republicanos-PB), foi substituído por Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), indicado pelo presidente Carlos Viana. A CPMI contará com 16 deputados e 16 senadores titulares, distribuídos proporcionalmente ao tamanho das bancadas, e terá como foco irregularidades em pagamentos, fraudes em aposentadorias e desvio de recursos na estrutura do INSS.
A disputa interna da presidência da comissão também refletiu a postura dos congressistas em relação ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Viana, eleito presidente, assinou pedido de impeachment contra Moraes, enquanto Aziz, derrotado, não endossou a iniciativa.
O caso que motivou a criação da CPMI ganhou repercussão em abril, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto, investigando descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A investigação resultou na demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), que deixou o cargo após ser orientado a responsabilizar gestões anteriores pelas irregularidades.
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*Com informações Poder 360