O conflito entre Brasília e Washington atingiu um novo patamar nesta quinta-feira (21), quando conselheiros do ex-presidente Donald Trump voltaram a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em meio ao indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Jason Miller, conselheiro de Trump, classificou Moraes como o “Rei Louco” e o acusou de tentar destruir a democracia brasileira em busca de poder pessoal. O governo norte-americano ameaça impor sanções a autoridades brasileiras que apoiem ou facilitem ações do ministro, reforçando um clima de pressão internacional sobre o Judiciário brasileiro.
O indiciamento da Polícia Federal, ocorrido na quarta-feira (20), aponta que pai e filho extrapolaram a Ação Penal 2668, visando submeter instituições como o STF e o Congresso Nacional a interesses próprios. Entre as provas, celulares e áudios interceptados indicam conversas de Bolsonaro com aliados, incluindo o líder evangélico Silas Malafaia, e disputas familiares.
Eduardo Bolsonaro rebateu as acusações nas redes sociais, classificando a ação da PF como “lamentável” e acusando Moraes de criar uma “cortina de fumaça” para justificar perseguição política. A tensão se intensifica com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro desde 4 de agosto, determinada por Moraes após descumprimento de medidas cautelares.
Especialistas alertam que a ofensiva americana coloca o STF em uma situação inédita de pressão internacional, enquanto aliados de Bolsonaro reforçam a narrativa de perseguição política. O relatório da PF segue agora para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia formal ao Supremo.
O episódio evidencia o choque entre poder judicial, governo e atores internacionais, sinalizando uma crise política com repercussões tanto domésticas quanto globais.
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*Com informações Metrópoles