Sexta, 07 de Novembro de 2025

Nova York retira obrigatoriedade da vacina contra Covid para servidores

Decisão da prefeitura começa a valer a partir desta sexta-feira (10)

10/02/2023 às 09h58
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Juiz de Nova York reintegrou 16 trabalhadores que não tomaram a vacina
Juiz de Nova York reintegrou 16 trabalhadores que não tomaram a vacina

A cidade de Nova York encerra nesta sexta-feira (10), a obrigatoriedade de vacina contra a Covid-19 para funcionários da cidade, encerrando uma política que às vezes colocou a administração municipal contra sua força de trabalho.

O decreto, que gerou inúmeras ações judiciais, termina hoje, depois que o Conselho de Saúde da cidade adotou alterações na política de vacinação, informou a prefeitura em comunicado à imprensa.

“Com mais de 96% dos trabalhadores da cidade e mais de 80% dos nova-iorquinos tendo recebido sua série primária de vacina contra a Covid-19 e mais ferramentas prontamente disponíveis para nos manter saudáveis, este é o momento certo para esta decisão”, disse o prefeito democrata Eric Adams em um comunicado.

Além disso, os visitantes dos prédios escolares do Departamento de Educação não serão mais obrigados a provar que receberam pelo menos uma dose da vacina, destacou o comunicado.

Porém, os cerca de 1.780 trabalhadores municipais que foram demitidos por não cumprirem o decreto não serão automaticamente reintegrados e terão que se candidatar novamente a seus antigos empregos, informou a cidade.

O ex-prefeito Bill de Blasio anunciou a exigência da vacina Covid-19 para todos os trabalhadores municipais no verão de 2021 e entrou em vigor em setembro. Funcionários que não cumprissem a obrigatoriedade ou não se submetessem ao teste semanal para Covid-19 corriam o risco de perder o emprego.

Na época, a política enfrentou a oposição dos sindicatos de policiais e bombeiros da cidade, que consideravam a exigência uma intrusão nas decisões pessoais de saúde.

Além disso, um juiz do estado de Nova York reintegrou 16 trabalhadores do saneamento que não cumpriram o mandato, dizendo que a ordem para ser vacinado violava a doutrina de separação de poderes da Constituição de Nova York, era arbitrária e violava a proteção igualitária dos trabalhadores demitidos e direitos do devido processo.

No início de novembro, a juíza Sonia Sotomayor rejeitou um pedido de grupo que buscava bloquear a exigência de vacina da cidade de Nova York para trabalhadores municipais que tivessem objeções religiosas à vacina.

No final do ano passado, Adams encerrou decretos de vacinas semelhantes para estudantes atletas e funcionários do setor privado, mantendo a exigência para trabalhadores municipais em vigor.

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