O governador Eduardo Riedel (PP) confirmou em reunião com a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) a saída do partido da base de apoio ao governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O encontro, realizado na noite de ontem, contou com um acordo entre as partes: não haverá exoneração em massa de cargos, e o PT continuará colaborando em pautas institucionais que envolvam o governo estadual e o federal.
O rompimento acontece após sinais de alinhamento de Riedel com o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), culminando com a crítica pública do governador à prisão domiciliar de Bolsonaro, apontada pelos petistas como o fator decisivo para a decisão.
Segundo o deputado Zeca do PT, o partido segue convencido de que cumpriu seu papel ao apoiar Riedel contra Capitão Contar no segundo turno de 2022, ajudando a evitar a vitória da extrema direita. “Nossa atuação também foi importante para fortalecer políticas voltadas à agricultura familiar”, afirmou. Ainda assim, a guinada do governador em direção ao bolsonarismo levou a legenda a se afastar da base.
A saída será formalmente anunciada na sexta-feira, durante a posse de Vander Loubet, em evento do PT. Zeca destacou que a legenda pretende exercer uma oposição qualificada, sem comprometer a aplicação de recursos federais no estado, ressaltando que o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso do Sul está acima das divergências políticas.
O distanciamento já vinha se consolidando nos últimos meses, com o PT percebendo que não haveria apoio de Riedel à reeleição do presidente Lula em 2026, o que motivou a decisão da maioria da bancada pelo rompimento.
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*Com informações Investiga MS