A deputada federal Camila Jara (PT-MS) rompeu o silêncio sobre a polêmica envolvendo seu nome e o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a ocupação da mesa diretora da Câmara dos Deputados. Acusada de agressão, a parlamentar negou categoricamente a acusação e afirmou que se tratou de um mero “empurra-empurra” em que afastou o colega, que “pode ter se desequilibrado”.
Em entrevista ao podcast Política de Primeira, Camila detalhou que seu objetivo na mesa diretora era interceder junto ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante uma obstrução promovida por parlamentares do PL que não cumpriram um acordo previamente estabelecido. “Metade das minhas colegas nem conseguiu se aproximar da mesa devido a barreiras humanas e empurrões. Eu consegui avançar com duas companheiras e me posicionei atrás do presidente Hugo para explicar a situação”, afirmou.
Sobre o episódio com Nikolas, Camila enfatizou: “Quando Hugo terminou a fala, Nikolas me empurrou e eu apenas reagi. Não houve agressão. Se ele se desequilibrou, isso não é minha responsabilidade. A acusação foi feita imediatamente e injustamente, com o presidente Hugo presente”.
A deputada denunciou ainda uma campanha sistemática de ódio nas redes sociais, que, segundo ela, extrapola ataques pessoais e busca intimidar parlamentares e aliados. “Eles criam uma realidade virtual de medo e pânico, sugerindo que seremos vaiados, atacados ou até atropelados. É uma estratégia clara de intimidação, que gera ansiedade, insegurança e terror, e acontece constantemente contra todos que o Nikolas identifica como inimigos do projeto que defendemos”, alertou.
A discussão levanta perguntas sobre limites de conduta, segurança dos parlamentares e impacto da polarização digital, evidenciando que o clima de conflito no Congresso vai além das divergências ideológicas e se traduz em confrontos físicos e psicológicos dentro e fora do plenário.
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