A oposição na Câmara dos Deputados intensificou nesta terça-feira (2) a ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando o processo como uma perseguição política e exigindo a votação imediata do projeto de anistia. Em reunião estratégica, parlamentares articularam medidas para acelerar a aprovação da proposta, que consideram essencial para “pacificar o país”.
O líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), deixou claro que o objetivo é colocar o projeto de anistia em pauta ainda nesta semana: “A anistia precisa ser votada agora. Temos votos no plenário e não há motivo para adiar. A sociedade quer virar a página e mostrar que não aceita essa injustiça.” Ele acusou o STF de manipulação política: “Um avô de 70 anos, um pai de família sendo acusado por reuniões políticas e subir em palanque. Nenhum crime aconteceu. É uma evidente revanche.”
Caroline de Toni (PL-SC), líder da Minoria, reforçou o ataque ao tribunal: “O processo não tem provas robustas, não está no plenário e seria nulo em qualquer país sério. É uma perseguição política e um capítulo triste da história brasileira.” Ela prometeu que a oposição seguirá denunciando arbitrariedades “nem que custe nossa liberdade e nossos mandatos.”
O vice-líder Sanderson (PL-RS) associou a urgência da anistia à possível condenação de Bolsonaro: “Se ele for condenado, todos os argumentos contra o projeto caem. A anistia é o caminho para pacificar o Brasil e virar a página. Anistia já!”
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foi ainda mais contundente: “Vivemos um estado de exceção. O STF não faz justiça, faz justiçamento político. Milhares de brasileiros estão sendo prejudicados. O Congresso precisa agir agora, e isso só acontecerá com a anistia.”
Paralelamente, os parlamentares destacaram a mobilização nacional prevista para 7 de setembro, prometendo atos em todas as capitais não apenas em apoio à anistia, mas também para protestar contra o julgamento de Bolsonaro e pressionar a tramitação do projeto.
A ofensiva da oposição evidencia a escalada do confronto entre Legislativo e Judiciário, transformando a anistia em símbolo da resistência ao STF e da defesa do ex-presidente, enquanto reforça a narrativa de injustiça e perseguição política que embala a campanha do 7 de setembro.
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*Com informações Gazeta do Povo