A bancada federal de Mato Grosso do Sul se posiciona favorável à tramitação de um projeto de anistia, desde que limitada à redução de penas, rejeitando benefícios totais aos condenados pela invasão aos Poderes. O grupo avalia que uma medida parcial pode atender ao debate político sem comprometer princípios democráticos.
Quatro deputados já declararam apoio à iniciativa: Beto Pereira (PSDB), Marcos Pollon (PL), Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL). Outros quatro parlamentares — Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Vander Loubet (PT) e Camila Jara (PT) — ainda não assinaram formalmente, mas dois indicam disposição para aprovar algum tipo de anistia parcial.
Geraldo Resende destacou que seu voto dependerá do julgamento em curso, defendendo apenas atenuação de penas e rejeitando anistia irrestrita para quem participou de tentativas de golpe ou atentados contra autoridades. “Projetos que podem estar em consenso devem prever redução de pena. Anistia total não é aceitável. Democracia acima de tudo”, afirmou.
Mesmo sem posição oficial, Dagoberto Nogueira já havia admitido, em declarações anteriores, considerar a possibilidade de apoio a uma versão parcial da anistia, caso haja negociação.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, confirmou que o presidente da Casa, Hugo Motta, pautará a proposta. A bancada de MS, com metade dos votos mais à direita, surge como estratégica para a aprovação do projeto, que precisa de pelo menos 257 votos entre os 513 deputados federais.
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*Com informações Investiga MS
