Campo Grande manteve em agosto de 2025 um dos custos mais altos da cesta básica entre as capitais brasileiras, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor total dos alimentos essenciais caiu 0,90% em relação a julho, passando de R$ 775,76 para R$ 768,79, impulsionado pela redução no preço do tomate e do arroz.
Mesmo com a queda, a capital registrou a sexta cesta básica mais cara do país, e um trabalhador que recebe o salário mínimo de R$ 1.518 precisaria trabalhar 111 horas e 25 minutos — cerca de 14 dias — para adquirir os itens essenciais. O comprometimento da renda com alimentos básicos chegou a 54,75%, acima da média nacional de 49,89%.
Entre os produtos que pesaram no bolso do consumidor, destacam-se altas em feijão-carioca (0,46%), carne bovina (2,11%) e açúcar (2,30%), contrariando a tendência nacional de queda de preços em 24 das 27 capitais. Já a batata e o arroz apresentaram queda significativa, assim como o tomate, reduzindo parcialmente o impacto no custo final.
O levantamento do Dieese também indica que, para suprir todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação e transporte, o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 7.147,91 — quase cinco vezes o valor atual do piso nacional.
O estudo revela que, embora haja pequenas reduções pontuais em agosto, a pressão sobre a renda dos trabalhadores segue intensa, especialmente em cidades como Campo Grande, onde o preço dos alimentos essenciais continua entre os mais altos do país.
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