O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) não deixou dúvidas sobre seu alinhamento político: ao defender a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e criticar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ele acendeu um alerta em partidos de centro-direita, que temem o desgaste de seu perfil moderado e a dificuldade de apoiá-lo nas eleições de 2026.
Para o Centrão, a postura de Tarcísio é arriscada. A defesa da anistia rompe pontes com setores moderados e com a própria Suprema Corte, considerados essenciais para negociações futuras com o Congresso. “Não é postura de quem quer ser presidente da República”, avalia um dirigente da centro-direita, questionando a estratégia adotada pelo governador.
Enquanto isso, no Palácio do Planalto, aliados de Lula observam cada movimento de Tarcísio como a confirmação de que ele se consolida como o nome do bolsonarismo para a disputa presidencial. A defesa da anistia e as críticas ao STF são vistas como manobras para ganhar credibilidade junto a Bolsonaro e sua base eleitoral.
Em Brasília, Tarcísio tem feito corpo a corpo pelo PL, pressionando pela aprovação da anistia, e reforça sua imagem de candidato disposto a romper tabus e enfrentar o governo. Para bolsonaristas, sua estratégia é “irretocável” e posiciona o governador paulista como protagonista da direita em 2026.
Mesmo com o alerta da centro-direita sobre o risco político, o discurso de Tarcísio deixa claro que a anistia não é apenas uma bandeira, mas o elemento central de sua consolidação como candidato do bolsonarismo, capaz de polarizar e redefinir o jogo eleitoral.
*Com informações CNN