A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande, realiza nesta quarta-feira (10) sua última reunião antes de apresentar o relatório final, marcado para sexta-feira (12). Cinco meses após a instalação da CPI, documentos e depoimentos apontam possíveis responsabilidades de diretores da empresa.
Para a vereadora Luiza Ribeiro (PT), há indícios claros de que membros da diretoria do Consórcio podem ser indiciados. Entre os problemas, ela destaca a ausência de contrato de seguro e a circulação de ônibus em condições de risco. “Alguns diretores também podem responder por não renovar contratos ou permitir que a frota siga em situação crítica. Alguém precisa ser responsabilizado”, declarou.
O relatório deve incluir ainda o projeto “Ar no Busão”, que busca garantir a compra de novos ônibus com ar-condicionado, atualmente dependente de negociações entre Prefeitura e Consórcio para ser incorporado à frota.
A investigação da CPI envolveu oitivas de passageiros, trabalhadores e servidores públicos, revelando superlotação, atrasos e manutenção precária. O presidente da comissão, vereador Dr. Lívio (União), ressaltou que a reunião desta quarta-feira servirá para ajustar o relatório antes de sua divulgação oficial.
Além das falhas do Consórcio, depoimentos de servidores apontaram a insuficiência de pessoal em órgãos de fiscalização, como a Agereg e a Agetran, o que compromete o acompanhamento do serviço. O relatório final poderá abrir caminho para medidas administrativas e pedidos de indiciamento contra os responsáveis pelo transporte coletivo da Capital.
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*Com informações Midiamax