A hegemonia do PSDB em Mato Grosso do Sul está em xeque. Faltando seis meses para a abertura da janela partidária, deputados federais já correm contra o tempo para garantir espaço em novas legendas, comprometendo a formação de uma chapa tucana competitiva.
Apesar da visita do presidente nacional do partido, Marconi Perillo, que reafirmou publicamente a permanência do trio Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, a garantia não passa de um gesto: cada um mantém planos individuais. Beto negocia filiação ao Republicanos, Dagoberto mira o Partido Progressista, enquanto apenas Geraldo deve permanecer na sigla.
O cenário enfraquece o PSDB local tanto na disputa eleitoral quanto financeiramente, já que a composição da chapa influencia diretamente no acesso ao fundo partidário. Além disso, a dispersão do grupo pode abrir caminho para a ascensão de outros partidos, como União Brasil, PP e MDB.
Dagoberto Nogueira intensifica articulações em Campo Grande, reunindo vereadores de diversas legendas, incluindo PSDB, MDB, União Brasil e PP, e busca apoio para sua reeleição. A presença de figuras como Fábio Rocha (União) e Beto Avelar (PP) indica a possibilidade concreta de migração para o Progressistas, aumentando o risco de esvaziamento do PSDB.
Enquanto isso, o MDB ainda tenta consolidar uma chapa federal competitiva, com André Puccinelli conduzindo negociações e contando com possíveis candidaturas de membros como Dr. Jamal e Coringa.
O PSDB em Mato Grosso do Sul enfrenta, assim, um momento crítico: a permanência da legenda como protagonista política no Estado depende agora de uma articulação que parece cada vez mais improvável.
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*Com informações Investiga MS
