Segunda, 22 de Setembro de 2025

Ministério da Saúde lança linha de cuidado para TEA com foco no diagnóstico precoce

Profissionais da atenção primária vão rastrear sinais de autismo em crianças de 16 a 30 meses, antecipando intervenções e estímulos

22/09/2025 às 10h31 Atualizada em 22/09/2025 às 11h23
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (18) a primeira linha de cuidado para Transtorno do Espectro Autista (TEA), estabelecendo diretrizes para a detecção precoce e intervenções em crianças entre 16 e 30 meses. A medida prevê que profissionais da atenção primária realizem o teste de triagem M-Chat como parte da rotina de avaliação do desenvolvimento infantil, permitindo ações imediatas mesmo antes da confirmação do diagnóstico.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a iniciativa visa promover a autonomia e a interação social futura das crianças. “Não precisa fechar o diagnóstico para começar as ações. Tem um impacto muito grande no desenvolvimento dessas crianças”, destacou. A linha de cuidado orienta gestores e profissionais sobre fluxos de atendimento, desde a atenção primária até serviços especializados, incluindo Centros de Reabilitação (CER) e saúde mental, quando necessário.

O governo estima que 1% da população brasileira viva com TEA, sendo que 71% dessas pessoas apresentam outras deficiências, reforçando a necessidade de um atendimento integrado pelo SUS. Além do rastreio precoce, a nova política inclui intervenções terapêuticas individualizadas, programas de estímulos no ambiente domiciliar e fortalecimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que envolve famílias e equipes multiprofissionais na construção do plano de cuidado.

O M-Chat já está disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico E-SUS, enquanto o Guia de Intervenção Precoce foi atualizado e segue para consulta pública. Entre as ações previstas também estão grupos de apoio parental, capacitação de profissionais e programas de treinamento de habilidades para cuidadores, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de reduzir a sobrecarga das famílias e estimular vínculos afetivos mais saudáveis.

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*Com informações Poder 360

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