Os protestos realizados no último domingo (21) mudaram radicalmente o cenário do “PL da Dosimetria”. Caciques do Centrão reconhecem que a pressão popular não apenas ameaça atrasar a votação do projeto, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), como também coloca o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sob intenso escrutínio político.
Lideranças de centro afirmam que o avanço do PL, previsto inicialmente para esta semana, agora enfrenta forte resistência. A necessidade de consenso entre todas as bancadas se torna mais complexa diante da repercussão dos atos, que lembram a mobilização popular contra a PEC da Blindagem. Segundo os caciques, a imagem de Hugo Motta é a mais atingida: ao pautar a Blindagem e acelerar a urgência da anistia, ele irritou ministros do STF e virou alvo direto das manifestações.
O movimento recebeu elogios de figuras do Judiciário, como Gilmar Mendes, e o presidente Luiz Inácio Lula declarou publicamente estar “ao lado do povo”, reforçando que os atos enviaram um “recado ao Congresso” sobre a condução de temas sensíveis.
O impacto das manifestações sinaliza que o Centrão terá que recalibrar estratégias políticas para não sufocar a votação do PL da Dosimetria e, ao mesmo tempo, tentar proteger a liderança de Hugo Motta do desgaste popular.
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*Com informações Metrópoles
