A tentativa da oposição de alçar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à liderança da Minoria na Câmara durou pouco. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), derrubou a indicação publicada pela bancada, alegando que o filho do ex-presidente não tem condições de exercer a função por estar há meses fora do país.
Eduardo vive nos Estados Unidos desde fevereiro e, embora tenha pedido licença temporária, o prazo expirou em julho. Desde então, acumula faltas que podem resultar na perda de mandato — cenário que a própria oposição tentava evitar ao colocá-lo na liderança. A decisão de Motta, publicada nesta terça-feira (23), deixou claro que a estratégia não colou.
No despacho, o presidente da Câmara foi direto: liderança exige presença física, participação em plenário e comando real da bancada, não uma atuação “simbólica” feita a distância. A negativa expõe o vazio político deixado por Eduardo, cuja ausência tem sido alvo de críticas crescentes até entre aliados.
A situação do deputado se complica ainda mais após a denúncia da Procuradoria-Geral da República apresentada na segunda-feira (22). O órgão acusa Eduardo de coação no curso do processo, ao tentar usar sanções americanas para interferir em investigações sobre Jair Bolsonaro.
Com risco de cassação e barrado de assumir a liderança, Eduardo Bolsonaro enfrenta o momento mais delicado de sua trajetória política — e sua ausência em Brasília já começa a custar caro não só a ele, mas também à própria oposição.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações Pleno News