O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou uma verdadeira manobra para fidelizar parlamentares, reservando R$ 2,9 bilhões em emendas ao Congresso entre segunda e quarta-feira (22 a 24 de setembro) – o maior valor empenhado em uma única semana desde julho.
O movimento coincide com a tramitação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, previsto para votação na Câmara na próxima quarta-feira (1º de outubro). A proposta beneficiará 10 milhões de brasileiros e é vista como peça central da estratégia de reeleição de Lula.
Outro ponto de atenção do Planalto é o PL da Anistia, que visa favorecer aliados de Jair Bolsonaro, condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado. A oposição pressiona pela aprovação, enquanto a esquerda se mantém contrária, intensificando a disputa política no Congresso.
Deputados e senadores, cientes das eleições de 2026, contam com as emendas para mostrar obras e benefícios à população, fortalecendo candidaturas próprias ou de aliados. No processo de execução, o empenho é apenas a primeira etapa: o governo reserva formalmente o recurso, garantindo que os projetos indicados pelos parlamentares tenham verba disponível. Depois vêm a liquidação e, finalmente, o pagamento efetivo.
Especialistas e críticos apontam que a aceleração das emendas evidencia uma estratégia explícita de uso do dinheiro público como moeda de troca política, reforçando o apoio do Congresso a pautas essenciais ao Planalto em ano eleitoral.
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*Com informações Poder 360
