O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que concorreu ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2018, revelou em entrevista os bastidores da derrota por pequena margem no segundo turno para o então governador Reinaldo Azambuja (PL). Segundo Odilon, embora tenha contado com o apoio do PDT no primeiro turno, o partido não ofereceu qualquer recurso ou suporte na etapa final da disputa.
“O partido me desprezou totalmente. Não tive um tostão do partido para disputar o segundo turno”, disse o ex-candidato. Ele ainda afirmou acreditar que a postura da legenda não foi acidental: “Era para perder a eleição”. Odilon citou, como exemplo, mudanças de sigla de parlamentares logo após o pleito, que reforçariam a tese de que havia desinteresse estratégico em sua vitória.
Natural de Exu (PE), Odilon se destacou na disputa de 2018 como uma surpresa na corrida eleitoral, obtendo 616.422 votos (47,65%), contra 677.310 votos (52,35%) de Azambuja, que foi reeleito. O resultado final deixou claro que a vitória estava ao alcance do juiz aposentado, mas a falta de apoio partidário teria sido um fator decisivo para a derrota.
Antes de ingressar na política, Odilon atuou como magistrado federal, combatendo o crime organizado na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, o que garantiu a ele forte reputação como autoridade na área de segurança pública. Sua campanha para o governo, marcada por proximidade com a população e experiência em combate à criminalidade, conquistou grande adesão, mas não foi suficiente para superar a disparidade de recursos e articulação do adversário.
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*Com informações Primeira Página