A crise interna entre os autodenominados “bolsonaristas raiz” e a cúpula do PL deixou figuras como Marcos Pollon e Capitão Contar em uma encruzilhada política. A ala mais fiel a Jair Bolsonaro perdeu espaço dentro da sigla após o acordo firmado pelo presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, que fechou apoio à reeleição de Eduardo Riedel (PP) ao governo e ao projeto de Reinaldo Azambuja (PL) para o Senado.
Com a máquina partidária controlada, restam poucas alternativas aos dissidentes. Pollon, que anunciou sua pré-candidatura ao governo estadual, precisará buscar legenda fora do PL. Já Contar, sem respaldo interno, tenta negociar uma vaga majoritária, mas não encontrou garantias nem em conversas diretas com Bolsonaro ou com Tereza Cristina (PP).
A dupla agora mira siglas de pouco peso eleitoral, como PRTB e Novo, que não contam com tempo de propaganda nem acesso a fundo partidário por não terem superado a cláusula de barreira. Outra possibilidade seria o Republicanos, mas esse caminho depende de articulação nacional e pode esbarrar nos mesmos interesses de Tereza, Reinaldo e Riedel.
A falta de estrutura partidária ameaça repetir a história de 2022, quando Contar chegou ao segundo turno para o governo apoiado por Bolsonaro, mas acabou derrotado sem base sólida. No PRTB, ele ao menos tem a garantia de candidatura, enquanto Pollon espera um gesto do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), aliado próximo, para definir seu futuro.
Na ala da insatisfação também aparece o deputado estadual João Henrique Catan (PL), que reagiu à chegada de Reinaldo ao comando do partido comparando a aliança a “água e vinho, que não se misturam”. Embora cogitado como possível candidato ao governo, deve concentrar forças em uma disputa pela reeleição à Assembleia Legislativa, mas não descarta a saída da sigla.
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*Com informações Investiga MS