O almoço desta segunda-feira (29) entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escancarou a profunda crise de articulação da direita e centro-direita em torno da candidatura ao Planalto em 2026.
Durante três horas de reunião na residência de Bolsonaro, Tarcísio mostrou solidariedade ao aliado, mas evitou qualquer definição eleitoral, reafirmando que irá disputar a reeleição em São Paulo. A decisão, segundo analistas, é um recuo tático diante das pressões do centrão, do mercado e dos conflitos dentro da própria família Bolsonaro.
Mesmo sem tratar de candidatura, Tarcísio reafirmou apoio à anistia ampla como única saída para pacificação nacional e atacou o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de manter “instrumentos de pressão” sobre políticos de direita. No Congresso, no entanto, a proposta segue travada, com relator defendendo apenas a redução das penas, evidenciando o impasse que paralisa decisões estratégicas do campo conservador.
O encontro também escancarou a vulnerabilidade da direita diante da pressão internacional, com tarifas impostas pelos Estados Unidos influenciando diretamente a estratégia política do grupo. A fotografia do almoço mostra uma direita dividida, sem candidato definido e pressionada por forças externas e internas, mergulhada em incertezas a poucos meses das eleições.
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*Com informações Gazeta do Povo