O governo federal anunciou nesta terça-feira (30) o bloqueio de R$ 12,1 bilhões em gastos discricionários e emendas parlamentares, medida que já provoca preocupação em setores cruciais da administração. O valor é R$ 1,4 bilhão superior ao bimestre anterior e incide sobre ministérios e emendas de bancada, atingindo 23% das emendas parlamentares.
Entre os mais prejudicados estão o Ministério da Saúde, com R$ 1,8 bilhão bloqueados — aumento de R$ 1,7 bilhão — e o Ministério das Cidades, com R$ 2,4 bilhões, cortando recursos vitais para hospitais, UPAs, obras urbanas e serviços à população. O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional também sofre corte, de R$ 947,1 milhões, enquanto outros órgãos têm bloqueios inferiores a R$ 1 bilhão.
O impacto não se limita a ministérios: emendas parlamentares, que financiam projetos regionais e sociais, também são atingidas, elevando a pressão política e ameaçando obras e programas que dependem desses recursos.
Enquanto isso, setores estratégicos como o Ministério da Educação e o Banco Central permanecem preservados, mostrando prioridade seletiva na contenção. Especialistas alertam que o bloqueio pode comprometer serviços essenciais e prejudicar diretamente a população, enquanto o governo tenta conter o déficit estimado de R$ 30,2 bilhões, abaixo do limite da meta fiscal.
A medida evidencia que, mesmo com receitas aquém do esperado, os cortes recaem sobre áreas sensíveis, deixando o cidadão na linha de frente dos impactos financeiros e administrativos do governo.
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