Em meio à crise de liderança e à debandada anunciada de filiados, o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) se colocou à disposição para assumir o comando do PSDB em Mato Grosso do Sul. A intenção, segundo ele, é impedir que o partido “morra” no Estado e reconquiste relevância no cenário político.
O diretório estadual está sob comando provisório do deputado federal Geraldo Resende até 21 de outubro, quando a direção nacional deve definir os novos presidentes tucanos em todo o país. Caravina, no entanto, teme que o PSDB perca força antes mesmo da escolha.
“Se o partido continuar inerte, vai desaparecer. Eu tenho vontade de ajudar, mas se não houver estrutura nem interesse da sigla, não há como continuar”, afirmou o parlamentar, que defende a reconstrução do grupo antes das eleições de 2026.
Hoje, o PSDB ainda possui a maior bancada na Assembleia Legislativa, com seis deputados estaduais, mas a expectativa é de uma grande saída de filiados até março do próximo ano. Segundo Caravina, apenas ele e Lia Nogueira devem permanecer na sigla — o que abriria espaço para uma aliança indireta com o governador Eduardo Riedel (PP), que deixou o PSDB recentemente para se filiar ao Progressistas.
Para o deputado, o partido ainda tem peso eleitoral expressivo e não deve ser abandonado. “O PSDB tem quadros e pré-candidatos preparados. Jogar fora essa base é desperdiçar cerca de 100 mil votos em 2026”, avaliou.
Mesmo admitindo que pode buscar outro destino político, Caravina diz que prefere lutar pela reestruturação do ninho tucano. “Tenho afinidade com o PP, por ser o partido do governador, mas o PSDB é grande demais para se acabar. Se houver chance de reorganizar, eu quero estar à frente desse processo”, concluiu.
Com a disputa interna se aproximando, Caravina tenta se posicionar como o nome capaz de reanimar o PSDB em Mato Grosso do Sul e evitar que a legenda, historicamente influente, desapareça do mapa político do Estado.
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*Com informações Midiamax
